Em 2012 foi aprovada a Lei 12.711/2012, que reserva 50% das vagas em instituições federais de ensino a egressos do ensino público. Essa política é considerada pelo Ministério da Educação (2014) como uma das mais importantes contribuições para a democratização do acesso à educação superior, contribuindo também para a mobilidade social. Este trabalho visou analisar a lei de cotas sob a perspectiva de política pública e avaliar o perfil e o desempenho dos ingressantes nos cursos de engenharia do IFMG-Campus Betim e UFV-Campus Florestal, no primeiro semestre de 2015, reunindo uma amostra com 124 estudantes, em sua maioria aprovados via sistema de cotas (52,3%). Os estudantes ingressantes via Ampla Concorrência apresentaram melhor desempenho que os estudantes cotistas. Foi possível observar que apesar de constarem na agenda de governo desde 2001, as políticas inclusivas precisam ser avaliadas, de forma a aperfeiçoar os resultados obtidos, garantindo não apenas o acesso à educação superior pública, mas também oferecendo formas de reduzir a diferença de desempenho entre os estudantes cotistas e não cotistas.